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Easter reading: The Jesus Papers: Exposing the Greatest Cover-Up in History

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The Jesus Papers: Exposing the Greatest Cover-Up in History

What if everything we have been told about the origins of Christianity is a lie?

What if a small group had always known the truth and had kept it hidden . . . until now?

What if there is evidence that Jesus Christ survived the crucifixion?

In Holy Blood, Holy Grail Michael Baigent and his co-authors Henry Lincoln and Richard Leigh stunned the world with a controversial theory that Jesus Christ and Mary Magdalene married and founded a holy bloodline. The book became an international publishing phenomenon and was one of the sources for Dan Brown's novel The Da Vinci Code. Now, with two additional decades of research behind him, Baigent's The Jesus Papers presents explosive new evidence that challenges everything we know about the life and death of Jesus.

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Comments (4) -

Yes, of course, Xiquinho!
The Jesus Papers...

Não viu ainda o documentário do Channel 4, no qual o magnífico Tony Robinson ("Baldrick" para os amigos) deixa o Baigent gago com as suas pseudo-teorias?

Eu também já gostei imenso do Baigent, e do Lincoln, e do Leigh, e dessa tropa fandanga toda.
Devo ter lido o "Holy Blood, Holy Grail" uma vez por ano, nos verões de 1994, 1995 e 1996. Tinha então, respectivamente, 15, 16 e 17 anos. Acreditei naquela trapalhada toda. Era miúdo. Tem-se desculpa.

Depois, comecei a saber certas coisas. Sobre Plantard, sobre o encontro do magnífico "trio" com "Pierre de France". Xiquinho, diga-me lá, você que sabe tudo sobre a linhagem sagrada e o "sangue real" de Cristo, qual dos três é que se ajoelhou pateticamente aos pés de Plantard? Sabe?

Eis os detalhes de um episódio pouco conhecido:

«(…) para os franceses, no final dos anos 80, o essencial sobre a história de Rennes já tinha sido dito, como aliás sobre as histórias de Gisors e de Stenay. Um belo dia recebi a visita de três ingleses: Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh. Conhecemo-nos por intermédio de uma inglesa chamada Jania McGallivrey (…). O que eles queriam era contactar Plantard. Eles estudavam a preparação de uma nova manipulação no âmbito do público anglo-saxónico e americano. (…) Encontrámo-nos de uma forma totalmente épica. Éramos vários: (…) Pierre Plantard, (…) um dos meus leitores que se chamava Gino Sandri e ainda os redactores da editora Belfond, Jean-Pierre Delo e Jean-Dominique Devaux. Do lado inglês: a documentalista Jania McGallivrey, Henry Lincoln que na altura trabalhava para a BBC, Richard Leigh o romancista americano, e o australiano Michael Baigent que era também um documentalista. Também lá estava Roy Davies, o produtor de filmes (…). Plantard achava que era preciso uma abordagem extremamente lenta e progressiva para saber exactamente o que eles queriam. Encontrámo-nos numa sala de projecção privada nos Campos Elísios. Foi qualquer coisa de fabuloso, pessoalmente nunca tinha visto tal coisa! Quando o grupo francês chegou, do qual eu fazia parte, sentimo-nos como na Máfia (…). Sucedeu algo de memorável: Richard Leigh, que tinha um brasão com o medalhão dos Habsburgo, chegou perto de Plantard e disse-lhe «bonjour Magesté», escorregou num degrau e caiu no chão. A atmosfera estava um pouco tensa, e alguns olharam à volta para ver se uma bomba não estava prestes a rebentar! (...) Os ingleses, contrariamente ao que se crê, não inventaram nada neste assunto. A única inteligência que tiveram foi a de dizer que Jesus se tinha casado com Maria Madalena e que Maria Madalena teria tido filhos e que os filhos seriam merovíngios! E que, no que dizia respeito aos descendentes dos merovíngios, eles tinham um à frente dos seus olhos: Pierre Plantard. Isto colava com o espírito anglo-saxónico e americano. Enquanto que os franceses são desde há muito tempo, 90% da população, ateus e que se estão um bocado nas tintas para esta história de Jesus. (...) É provável que Henry Lincoln se tenha deixado manipular pelo produtor, e que este mesmo se tenha deixado manipular por outras pessoas. Se o primeiro pressentiu um «best-seller» ao nível financeiro, os outros teriam outras ambições. Um mês antes da publicação de “O Sangue de Cristo e o Santo Graal”, (…) todos os autocarros de Londres tinham cartazes com mais de um metro colados nas suas portas sobre os quais se podia ler: «A verdadeira história de Jesus». Por isso, via-se que existia manipulação. Quem manipulava? Quem pagou estes cartazes? Não foi Henry Lincoln! Não foi Richard Leigh! Nesta altura, eles não andavam de Ferrari! Foi alguém que não eles.»

Xiquinho... Tenho imenso material sobre esta trapaça de Baigent, Leigh e Lincoln.
Quer que lhe arranje alguma coisa?
Por favor, não me diga que acredita seriamente nesta malta.

Quer ir mais a fundo?
Diga-me um só livro de História (basta um) que refira Giselle de Razès, a presumida mulher de Segisberto IV...
E a história de Fackar-ul-Islam? E Lionel Burrus?
Ah, meu caro, passaríamos horas agradáveis a debater a farsa da "linhagem sagrada", uma das mais deliciosas tretas esotéricas do século XX. Se quiser, combinamos um almoço. Vem a Lisboa, ou mora em Lisboa?

Abraço,

Bernardo

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Caro Bernardo,

Para lhe dizer a verdade, e vá-se habituando que o Xiquinho (quase) nunca mente, ainda não li o livro. Fiz a publicidade no dia que o encomendei na amazon e ainda não o recebi. Mas é sempre um bom tema para deixar a oposição com os cabelos em pé…
E para não fugir à verdade, devo confessar que de facto também não acredito lá muito nesta história, mas há que ter em atenção que também não acredito muito (bom, nem muito,  nem pouco…) na de Jesus tal como ele é apresentado nos evangelhos e não é por isso que deixo de me interessar pelo tema.

No fundo é a velha história, o que é mais importante: a mensagem de Jesus ou sua vida privada? A mim não me parece que o importante da mensagem saia beliscada pelo facto te Jesus ser casado ou ser solteiro, ter tido filhos ou enteados. Por outro lado também não se compreende porque é que os cristãos ficam tão agoniados quando se levantam estas possibilidades, que só poderiam contribuir para nos revelar e ajudar a compreender um pouco mais da faceta humana de Jesus. (se é que ele tem outra?)

Claro, que tenho todo o gosto de almoçar com o Bernardo, até porque sei que é um estudioso destas matérias que acho muito interessantes. Mas infelizmente não vou estar em Lisboa antes de 2010. Eu vivo em macau e também teria muito gosto em recebê-lo cá, para almoçar, jantar, lo que seja. De forma que se passar por estas bandas, o convite está feito.

Renovado abraço do Xiquinho

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Xiquinho,

Obrigado pela mensagem, e pelo convite!
Não o imaginava em Macau. Bolas: é longe.

Fico MUITO satisfeito por não o ver refém das teorias de Baigent, Leigh e Lincoln, esse "trio maravilha" das teorias do "sangue real", que se inspirou noutro "trio maravilha" (Plantard, Chérisey e De Sède), o das teorias do Priorado de Sião.

A minha história é simples:

1) Típico jovem católico que termina a catequese aos quinze anos, faz o Crisma, e depois perde a fé totalmente

2) Aos 17 anos, já com a fé perdida, e desinteressado da Igreja, adiro às teorias do "priorado de sião" e da "linhagem sagrada"

3) Intrigado com essas teorias, decido tirá-las a limpo, ao detalhe: gasto dez anos com isso

4) No processo, vejo-me forçado a ler documentação, largas dezenas de livros, a investigar os assuntos a fundo

5) Acabo por "desmontar" as teorias do "priorado de sião" e da "linhagem sagrada", mas no confronto com os dados históricos e com a documentação, deparo-me com o facto de que o cristianismo está muito bem documentado

6) Torno-me católico

Por isso, esta história toda foi fundamental para eu tomar contacto com a documentação que me convenceu do valor factual do cristianismo.

Comigo, foi assim!

Abraço,

Bernardo

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«A mim não me parece que o importante da mensagem saia beliscada pelo facto te Jesus ser casado ou ser solteiro, ter tido filhos ou enteados.»

Meu caro: em relação a essa "teoria" o que interessa é saber se Jesus foi mesmo casado ou não. Penso que concordará comigo que partilhar de teses falsas não ajuda em nada a conhecer a figura de Jesus. A História vive de verdades e não de falsidades.

«Por outro lado também não se compreende porque é que os cristãos ficam tão agoniados quando se levantam estas possibilidades, que só poderiam contribuir para nos revelar e ajudar a compreender um pouco mais da faceta humana de Jesus.»

Se Jesus nunca foi casado (tese que a documentação existente estabelece com MUITO provável), é compreensível que, tanto historiadores sérios como cristãos se indignem com o propagar de uma tese falsa. Como cristão, o que me irrita é que se digam asneiras do Meu Senhor e do Meu Deus. Como apaixonado pela História, o que me irrita é que se avancem teorias em total contradição com a documentação existente.

Relembro que figuras como Umberto Eco, não católicas nem crentes, por várias vezes ridicularizaram a tese do "Jesus casado", se é que se pode chamar a isso "tese".

Depois destes anos todos, tendo tomado contacto com as obras de pseudo-historiadores que amam essas "teses", já me dei conta dos objectivos que movem esses pseudo-historiadores, e na lista de objectivos, não consta o encontrar da verdade histórica.

Abraço,

Bernardo

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