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Não sabeis que ler muito a Bíblia prejudica a religião católica? - Paulo V

pius7

A propósito dos equívocos do ateísmo contemporâneo, eis o que escreveu uma comissão de prelados, num relatório enviado ao Papa em 1553:

É preciso fazer qualquer esforço para permitir o menos possível a leitura do Evangelho... Que chegue o pouco que se costuma ler na missa, que não se permita a ninguém mais do que isso. Enquanto os homens se contentavam com aquele pouco, os interesses de Sua Santidade prosperaram, mas quando se quis ler mais, começaram a decair. Aquele livro, de facto (o Evangelho), foi o que, mais do que qualquer outro, suscitou contra nós aqueles turbilhões e aquelas tempestades pelas quais, por pouco, não ficávamos inteiramente perdidos. E, na verdade, se alguém o examinar inteira e cuidadosamente e depois comparar as instruções da Bíblia com aquilo que se faz nas nossas igrejas, reparará logo nas divergências e verá que a nossa doutrina, muitas vezes, é diferente e, ainda mais, contrária ao texto: se o povo entendesse isto, não pararia de reclamar contra nós, até que tudo fosse divulgado, e então nos tornaríamos objecto de desprezo e ódio em todo o mundo. Por isso, é preciso fazer com que o povo afaste os olhos da Bíblia, mas com muita cautela, para não suscitar tumultos.” Avvisi sopra i mezzi più opportuni per sostenere la Chiesa romana. Bologna 20 ottobre 1553. Biblioteca Nazionale di Parigi, foglio B, n.1088, vol.II, pp. 641/650.

Três séculos mais tarde diria Pio VII a propósito das traduções da Bíblia:

As sociedades formadas em grande parte da de Europa, com o objectivo de a traduzir (a Bíblia) em línguas vulgares e divulgar a Palavra de Deus, fazem-me pavor. Temos que acabar com esta praga com todos os meios ao nosso alcance.” Bolla del 28 giugno 1816.

Eis como, durante dois mil anos, a Igreja confiou nos cristãos para usarem da sua razão e pensarem livre e inteligentemente.

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